Expedição Mate Verde
cap.1
Capitulo 2
cap.3
cap.4
cap.5
Agora já é o quinto dia e é hora de partir para Cambará do Sul, cruzando a incrível estrada da Serra do Rio do Rastro, impressionante obra da engenharia nacional.
Ainda no topo da Serra paramos no Mirante e somos surpreendidos por um show de um bando de quatis famintos, que devoram maçãs, bananas e até os dedos dos incautos, he, he, he...
A descida da Serra é um espetáculo à parte. Pelo rádio vamos trocando músicas: Komodo aprecia músicas gauchescas; Toyotice adora música clássica.
A Serra tem muitas Tendinhas que vendem produtos coloniais e o José não
consegue passar por uma sem parar para comprar queijos, salames, copas, mel,
etc. Com isso vamos abastecendo nosso farnel e atrasando a viagem, claro. Mas
ninguém reclama... principalmente a Bebel que de tanto comer salame ficou com
dor de barriga!!!
Assim, quando subimos a Serra do Faxinal num off road muito leve, já está anoitecendo.
Vamos nos recolher à Pousada Fazenda Pindorama, em Cambará do Sul, já no Rio Grande do Sul, para um gostoso chimarrão e fondue de queijo no chalé dos Cunha (Eda e Anderson).
Hoje é dia de visitar o Canyon Itaimbezinho, em Cambará do Sul.
Trata-se de um Parque Nacional oficializado, devidamente estruturado para
visitas dos turistas e percorrido por trilhas à pé, fáceis e bem delimitadas.
É muito bonito, mas muito comportado para o gosto de nossos jipeiros.
O Anderson está com más intenções, por isso estamos indo visitar o Sr. Teni, pra pedir autorização para uma outra visita, desta vez sem nenhuma estrutura e por uma trilha mais ao gosto dele. É o que estamos combinando para amanhã.
Então, voltamos para a Fazenda Pindorama porque a Bebel quer andar à cavalo à tarde e a nossa querida mascote merece...
Um lanche no chalé é uma boa pedida e à noite um lauto jantar no Restaurante Bom Paladar, que serve deliciosa comida caseira, regado a vinho da colônia.
No dia seguinte, vamos para a trilha, , que geralmente é feita por caminhada de duas horas e meia, ou à cavalo. Mas a idéia é testar os limites dos jipes para ver até onde eles chegam.
O Sr. Teni, capataz da fazenda, está bastante cético e nos aconselha a ir
à pé : "É mais fácil !". No inicio, tudo bem, apenas um riozinho
para atravessar...
Mas a coisa começa a ficar mais interessante... Precisamos de um atalho e de guincho, mas os jipes e os jipeiros estão com tudo em cima e se saem muito bem.
Agora podemos retomar o caminho novamente; mas, cadê a Bebel? Ela
simplesmente sumiu no meio daquela imensidão de vegetação, colinas, pedras,
bois e mais nada... E chama daqui, e grita dali, até um assobio apareceu. E
nada da diabinha... Agora já é diabinha, percebeu...?
Pois sabe onde acabamos de encontrar a nossa mascotinha? Na casa do Sr. Teni, a uns dois km. de distância da trilha, conversando calmamente. Eta menina porreta...
Graças a Deus, porque a Olga já estava dando um show, histérica, chorando e pedindo prá voltar...
Recuperados do susto, temos mais diversão na Trilha, com muita pedra e vegetação nativa, e enroscos para testar o guincho...
Hi, acabou a trilha, pois um rio impede nossa passagem. Agora só resta ir à pé. Mais meia hora de caminhada até o mirante do Canyon Malacara..
Porém, o tal mirante justifica seu nome e simplesmente fecha a cara. De repente vem a "viração" que cobre tudo de uma espessa neblina e é hora de fazer meia volta rapidinho senão corre-se o risco da neblina encobrir até os tracklogs no GPS .....
A volta exigiu os mesmos cuidados e atenção que a ida.
Porém, as belezas, da trilha justificam o esforço.
E eis a equipe vitoriosa, que deixou seu Teni de queixo caído ...
Na volta para a Pindorama visitamos o Parador Casa da Montanha, interessante pousada à beira do rio, com cascata, com cabanas de lona climatizada.
Já é noite e estamos indo no Bom Paladar. Ótimo, porque a fome é grande...
Siga para a Capitulo 3